Porto Alegre entristeceu na noite do último sábado (06/07) quando um incêndio destruiu parte do segundo piso do Mercado Público, a catástrofe foi causada por um curto circuito em um restaurante localizado na parte superior do Mercado, afirmam os peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP).
O segundo andar teve oito estabelecimentos consumidos pelo incêndio e, além das lojas, o Memorial do Mercado Público, que guardava o acervo histórico e cultural do prédio, acabou consumido pelas chamas. O Memorial, vinculado à Coordenação da Memória da Secretaria Municipal da Cultura, tinha um acervo documental e iconográfico sobre o espaço e prestava atendimento a pesquisadores e público em geral. Estava aberto para visitação desde 1999 e realizava exposições de longa e curta duração, além de ações educativas voltadas ao público escolar.
O Mercado Público de Porto Alegre foi inaugurado em 1869 e tombado como Patrimônio Cultural da Capital em 1979, hoje é símbolo histórico da cidade, além de ser ponto de encontro dos porto-alegrenses e é parte das memórias e das histórias do povo gaúcho, o prédio sofreu com uma enchente (1941), com três incêndios (1912, 1976 e 1979) e foi ameaçado, na Administração de Telmo Thompson Flores, de ser demolido para construção de uma avenida.
Felizmente, o prédio histórico resistiu a todos os episódios bravamente, passou por incontáveis mutações arquitetônicas, mas não perdeu sua originalidade cultural, histórica e memorial e, desta vez, não vai ser diferente: o prédio será reconstruído e não implodido simplesmente. O Mercado Público faz parte da vida dos gaúchos, é um livro aberto localizado na alma do Centro Histórico de Porto Alegre, é insubstituível.
Mesmo prevendo a restauração apenas para 2014, segundo a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Jurema Machado, diz que o Mercado está no topo das prioridades por ser um prédio que esta em atividade e é fundamental para a vivacidade do centro histórico da cidade. Além disso, Jurema acredita que dificilmente a restauração com recursos da União começaria antes de 2014, pela necessidade de “obras de rescaldo”, como a limpeza, a avaliação de riscos do prédio e, por fim, a elaboração do projeto de restauração.
Para mais informações acesse: Página Especial – Zero Hora e O Mercado Público.
Veja também o vídeo do grupo de alunos de História, do Unilasalle!
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